quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Cheap Time (2008)


A cidade de Nashiville, no estado americano do Tennessee, é a terra do Cheap Time, trio formado por Jeffrey Novak (g,v) Jon Sewell (d) e Stephen Braren (b,v) responsáveis pelo álbum debut da banda. Lançado pelo selo californiano In The Red Records, nesse ano de 2008, e antecedido de dois compactos, o debut apresenta 14 temas que destilam o melhor de referências entre punk dos 70, garage dos 60, power pop e glam, tudo isso revestido de produção low-fi e para o bem dos ouvintes, distante do espírito “alternativóide”, um pouco em voga nesses anos. People Talk é o tipo de canção que deixaria qualquer multidão ensandecida se tivesse uma produção mais comercial e tocasse em grandes rádios. Destaco ainda Push Your Luck, Falling Down e Ginger Snap. O disco como um todo mostra uma banda que sabe o que está fazendo e que promete ainda mais bons frutos. O Cheap Time vem a somar não só com as atuais boas bandas do Tennessee de garage e punk como Jay Reatard e The Barbaras, mas com bandas punks recentes espalhadas pelo mundo como Regulations, Clorox Girls, os camaradas sergipanos do Renegades of Punk e Gorilla Angreb que remetem a produções setentistas e oitentistas do punk rock, relembrando suas raízes sem parecer conservador ou chato, mas sim detendo o que há de melhor no espírito daquela época.É de bandas que soam autênticas como o Chip Time que precisamos nesses anos e não de quilos e mais quilos de franjas e poses que parecem ser um fim em si mesmos.

Escrevi originalmente para Lixo Jovem.blogspot

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Eddie Bo (1930 - 2009)



Edwin Joseph Bocage, mais conhecido como Eddie Bo, nasceu em 20 de setembro de 1930 e veio a falecer em 18 de março de 2009. Foi compositor, cantor e pianista, passando pelo bluesR&Bsoul efunk. Natural de New Orleans, veio do seio de uma família que contava com músicos de jazz. Lançou seu primeiro compacto ainda em 1955 pela Ace Records de Johny Vincent. Lançou canções por mais de quarenta selos diferentes, desde grandes, pequenos e muito pequenos, como Ace, Chess, Atlantic, Back Beat, Federal, Capitol, etc. Seu maior hit foi Hook and Sling (Pts. 1 & 2), lançado pelaScram Records, que se tornou uma febre na New Orleans de 1969 e que posteriormente ganhou distribuição nacional pela Scepter Records, ficando no top ten da paradas nacionais. A importância de Bo para sua cidade natal é tamanha que em 1997 o prefeito Marc Morial instituiu o dia 22 de maio como o "Eddie Bo Day". Fica aqui as sinceras homenagens de Soulcialismo para esse gigante da música negra.


Keep The Faith!
Escrevi originalmente para Soulcialismo.blogspot

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Lady Dottie & the Diamonds (Hi Speed Soul, 2008)


Lady Dottie and the Diamonds são de San Diego, California. A primeira coisa que chama a atenção é a idade de sua vocalista. Ela tem 64 anos! E não deixa a peteca cair. Numa mistura de blues, R&B e aquele soul que parece ter saído de uma garagem dos anos 60. É tanta energia que deixa o Belrays no chão. Dorothy Mae Whitsett começou cantando ainda pequena, seja na cozinha de sua casa ou no coral da igreja. Love Will Travel, original de Richard Berry, o verdadeiro pai de Louie Louie, ficou ultra nevosa na voz de Lady Dottie. O grupo possui um ep, chamado "Livin' It Up", em edição limitada e lançaram um Lp pelo selo Hi Speed Soul. Lady Dottie and the Diamonds é música com competência e energia.

sábado, 24 de abril de 2010

Sound Dimension - Mojo Rocksteady Beat (Soul Jazz, 2008)


Sound Dimension foi para a Studio One o que os Funk Brothers foram para a Motown e o Booker T and The MGs para a Stax, a melhor banda de apoio que um músico poderia encontrar. Sempre na retaguarda, mas nunca deixando a peteca cair. O grupo durou de 1967 a 1970 e contou no seu line up com nomes como Ernest Ranglin, Jackie Mittoo, Eric Frater, Leroy Sibbles, Don Drummond Jnr, Deadley Headley e acompanhou artistas como The Heptones, Alton Ellis, Ken Boothe e Marcia Griffiths. O que nos resta é apenas escutar e aproveitar.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Jamaica To Toronto - Soul Funk & Reggae 1967-1974


Jamaica to Toronto, lançada em 2006 pelo pessoal da Light in the Attic records, segue o mesmo espírito de Work your Soul, lançada pela Trojan em 2003. A música jamaicana sempre foi muito influênciada pela black music norte-americana, e é isso que está aqui, a "versão jamaicana dos fatos", a execução do soul e funk estadunidense pelos jamaicanos em todo um clima de reggae.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Nicole Willis and The Soul Investigators




Esqueça a barraqueira Amy Winehouse ou a branquela Duffy, Nicole é a garota! “Willis é do Brooklin, o Soul Investigators são da Finlândia e o som deles cheira a Memphis.” Com seis álbuns solo e mais três compactos e dois discos com os Investigators, Nicole e seus garotos nos fazem sentir saudades do período de ouro da Stax e Motown.
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domingo, 8 de março de 2009

Resenha Ska Brothers 10/01/2009



No dia 10 de janeiro desse ano o Mocó Estúdio abriu suas portas para uma noite regada a muita música negra. O número 565 da Avenida José Avelino, localizado na Praia de Iracema, foi palco de intensas horas embaladas por soul e ska.

O dj e camarada Trotskid Trosko abriu a noite com uma seleção rude de clássicos jamaicanos e amoleceu o coração da mulecada ligada no período de ouro da música da ilha.

Ska Brothers deu continuidade a festa e fez esquentar o Mocó e o mocotó, com o público dançando e os rude boys presentes não parando um minuto quietos. Além de temas próprios como Skangaço e clássicos como o tema de James Bond, ainda houve a participação especial de Paulista (Racional Soul) nos vocais, mandando muito bem com Jamaica Ska e um versão ska de I Feel Good do Soul Brother #1 James Brown. A Ska Brothers vem se firmando como o representante cearense da velha e boa música jamaicana, lembrando as novas gerações que a produção musical da ilha vai além doreggae roots e de Bob Marley.

Racional Soul deu continuidade a festa, alternando momentos calmos e agitados com direito a covers do grande Tim Maia e uma versão soul de Se Você Pensa do rei Roberto Carlos. A noite foi encerrada com Trotskid retomando o controle das pickups e despachando mais algumas pedras preciosas.

O dia 10 de janeiro vai ficar no coração e também nos pés dos rudies presentes no Mocó Estúdio como uma noite memorável, uma verdadeira celebração do autêntico ska jamaicano em terras cearences. Que venha mais!

Ska Brothers - Playlist 10/01/2009

1. Tema
2. Skallowen
3. James Bond
4. Confucious
5. Killer Diller
6. Sakangaço
7. Skafrica
8. Rock Fort Rock
9. Take Five
10. Irmãos Cara de Pau
11. Jamaica Ska
12. I Feel Good
13. Latin Goes Ska
14. Hot and Cold
15. Arachinid
16. Skactus
17. Tetris
18. Frevo

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Do mod ao skinhead



Moonstomp (1996) e Young Birds Fly (2006) são duas singelas homenagens a duas subculturas, o skinhead e o mod, que surgiram ainda nos anos 60 e de uma maneira ou outra estiveram ligadas a música jamaicana. Ambas partilhavam o mesmo gosto tanto pela soul music norte-americana, como pela música jamaicana, seja ska, roksteady ou reggae. 


Moonstomp é um curta lançado em 1996 e mostra um rude boy e um skinhead em seu curto enredo, podendo pegar despercebido quem espera uma típica cena de violência racial. Destaque para as músicas de fundo. 


Young Birds Fly se centra na cultura mod e na vida de três jovens garotas. Ao que parece o filme aguarda lançamento.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Rei dos Reis


Escrito por Toni Face
Traduzido por Jazz para Hooligans 

Desmond Dacres, nasceu em 16 de julho de 1942 em Kingston, Jamaica, passou grande parte de sua juventude num orfanato emSt. Thomas antes de voltar aKingston, onde trabalhou como soldador. Seus colegas de trabalho insistiram várias vezes para que ele busca-se uma audição com algum produtor que lhe pudesse dar uma oportunidade como cantor. Em seguida um conhecido arrumou uma audição com Leslie Cong. Em 1963 o rebatizado Desmond Dekker gravou seu primeiro single, intitulado Honor Your Father and Mother, que foi editado na Inglaterra pela gravadora Tresure Island de Chris Blackwell.
Neste período Desmond se uniu aos The Aces, com os quais obteve um enorme sucesso na Jamaica na segunda metade dos anos 60, chegando a conquistar vinte posições como nº1 nas listas de sucesso. Quando chegou a época do Rocksteady em 1966, arrasou com seu tema 007(Shantytown), inspirado em James Bond, sendo um sucesso no Reino Unido: uma infecciosa articulação rítmica do rueiro rude boy, que foi um presságio do sucesso internacional que desfrutaria pouco tempo depois.
Em 1967 ficou em segundo lugar no jamaicano Festival da Cançãocom o tema Unity e continuou tendo sucessos nº 1 como Hey Gradma, Music Like Dirty, Rudi Got Soul, Rude Boy Train e Sabotage.
Já em 1969 conseguiu sucesso internacional com Israelites. "Get up in the morning, slaving for bread, sir, so that every mouth can be fed", cantada em patois jamaicano confundiu toda à audiência pop nos dois lados do Atlântico. Israelites havia sido um sucesso no ano anterior em clubes dedicados a música jamaicana e em 1969 se tornou a primeira canção reggae da história a obter um nº 1 nas listas inglesas. Também entrou no top 10 dos E.U.A, um país que sempre se mostrou reacionário à música jamaicana.
O próximo sucesso seria It Mek, gravado um ano antes como A It Mek, um tema inspirado em sua irmã Elaine que depois de um acidente doméstico chorou "like ice water". Dekker aproveitava, adaptando suas observações diárias em linhas afiadas e incisivas.
Os sucessos se sucediam, assim como as turnês pela Inglaterra, sendo o artista de reggae mais importante até a chegada de Bob Marley.
Durante a 2-Tone Ska/Mod Revival, gravou Black and Decker, não chegando a repetir o sucesso da década anterior, tentando novamente com Compass Point.
Em 1984 os tribunais lhe declararam arruinado e sem jeito de obter dinheiro de seu antigo empresário. Esses foram duros momentos para alguém que havia tocado as estrelas.
Seguiu fazendo turnês, apoiado por Delroy Williams, que era seu empresário na época e em 1993 grava King of Kings com The Specials, para a Trojan.
Sua inconfundível voz em falsete é o cartão de visita de uma das mais memoráveis estrelas jamaicanas, o pioneiro que fez do reggae um ritmo conhecido internacionalmente.

Originalmente publicado em Soul Jamaica

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Os Baobás - single (Mocambo/Rozenblit, 1966)


Seguindo a cronologia de lançamentos dos Baobás aqui está seu segundo compacto, contendo Happy Together, canção clássica do Turtles e Down Down, composição própria do guitarrista e vocalista Ricardo Contins. O destaque aqui vai para Down Down uma pérola garageria com guitarras fortes, clima tenso, gritos, um autêntico punk sessentista feito no Brasil, digna de figurar em coletâneas garage gringas como Nuggets, Pebbles ou Back From the Grave.


Escrito originalmente para Lixo Jovem.blogspot

sexta-feira, 25 de julho de 2008

DMZ (1976-1978)


"a banda que toca como eu gostaria que os Stooges tocassem"

Sempre quando escutava as bandas do começo dos anos 70 (Deep Purple, Led Zeppelin, etc.), sentia falta de algo sujo, seboso no som delas que logo me fazia desinteressar pelo som depois de escutar umas três vezes.Quando descobri Stooges e MC5, isso mudou, eles tinham um pouco da carniça que eu procurava na música. Mas mesmo os Stoges tem umas músicas chatas meio longas que cansam.Mas o mundo da música e da garimpagem sempre nos reservam surpresas... Vinda da primeira geração de bandas punk de Boston, o DMZ é tudo que eu esperava do que se costumou chamar de "proto punk" (o punk de antes de 1977, antes do boom). Reunindo o que há de melhor em nomes como MC5, Stooges e New York Dolls, só que com agressividade elevada a décima potência e influência do garage punk dos anos 60, com direito a uma versão de Cinderella do Sonics e "covers" de Wailers e Troggs.Os caras tem um ep de 1977 chamado Lift Up Your Hood (foto acima) e um álbum de 1978 com o nome de DMZ simplesmente, que é o melhor pra conhecer a banda, e uns ao vivos e demos.Para além dos consagrados nomes do punk da primeira metade dos 70, DMZ NOS COURO!

sexta-feira, 11 de julho de 2008

O Chamado do Selvagem


Dê uma sacada na capa ai de cima, parece um rockabilly rocker dos anos 50, não? Mas as aparências enganam, Dean Carter é uma espécie de anomalia sonora gerada nos anos 60. O elo perdido entre o rockabilly dos anos 50 e o garage punk dos anos 60!!! Tente imaginar o cruzamento de um Elvis raivoso com a fúria garageira de um The Sonics ou ainda um Gene Vincent sendo acompanhado pelo The Seeds num restaurante de beira de estrada ou Eddie Cochran e Music Machine jogando sinuca (bilhar) numa taberna com luz verde fraca e talvez você possa imaginar o som de Dean Carter.

Vindo de Champaign, Illinois, Dean Carter começou a gravar demos em 1959 (inclusas nesse cd) que viriam a marcar seu som peculiar, parte rockabilly, parte garage punk dos mais devastadores. Aqui não há espaços para firulas psicodélicas, é rock bruto, fuzz barulhento e esquisito, riffs rockabilly com atmosfera sessentista, é isso ou quase isso.

O obscuro Dean Carter teve toda sua obra resgatada em 2004 pela Ace Records através de seu selo Big Beat, que possui em seu catálogo reedições do The Sonics, Zombies e até Big Star. Músicas de Dean Carter antes só podiam ser conferidas na coletânea Pebbles Vol. 6: Chicago Part 1, do qual fazem parte Jailhouse Rock e Rebel Woman. Em Call of The Wild temos tudo o que Dean produziu entre 1959-1969.Jailhouse Rock é a canção síntese de Dean Carter, uma releitura desse clássico com um começo devastador, vocal rocker, fuzz ao fundo e uma menina insana de 12 anos tocando um clarinete pertubador! É punk do começo ao fim.

Escrevi originalmente para Lixo Jovem.blogspot

terça-feira, 8 de julho de 2008

Analfabitles - ep (RCA Victor, 1969)


Os Analfabitles são uma das minhas bandas preferidas da garagem brasileira dos anos 60 ao lado de Os Baobás, The Galaxies, The Beatniks e The Brazilian Bitles. Na época existiram vários grupos batizados com essa estranha alcunha de Analfabitles, mas os que conseguiram gravar algo foram poucos como um de Minas Gerais e este aqui da zona sul carioca, o mais conhecido da época. Os Analfabitles são tidos como uma das lendas do rock carioca sixtie e apesar do nome fazer alusão aos Beatles seu som tem um direcionamento mais Rhythm and Blues, influenciados pela British Invasion mais linha-dura de The Them e dos Rolling Stones, o que explica a sonoridade que em nada lembra a Jovem Guarda do período. Esse compacto foi lançado em 1969 pela RCA/Victor e trás duas canções de cada lado. O lado A abre com a devastação sonora de Shake, dançante e furiosa ao mesmo tempo. Em seguida vem a calma The Sun Keeps Shining, que se não me engano é de autoria do grupo. O lado B tem a clássica Magic Carpet Ride do Steppenwolf, numa vigorosa execução. O compacto encerra com It´s Been Long. A discografia do Analfabitles é composta por esse compacto de 1969 e um precedente de 1968. Infelizmente existem poucas informações sobre a banda, o que dificulta algo básico como nome dos integrantes e coisas do tipo. O grupo não tem nenhum de seus dois compactos relançados em cd.


Escrito originalmente para Lixo Jovem.blogspot

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Os Baobás - single (Mocambo/Rozenblit, 1966)


Primeiro lançamento do Baobás é esse compacto lançado pelo selo recifence Mocambo/Rozenblitz. No lada A do compacto temos Bye Bye My Darling, de autoria de Ricardo Contins (guitarra e vocal), boa composição em inglês com um clima depressivo/melancólico, distante do iê iê iê da jovem guarda. O lado B vem com a versão de Painted it Black dos Rolling Stones, chamada Pintada de Preto e cantada em português com trechos como “não chore mais rapaz por você alguém perder, a vida preta logo irás compreender”. Este compacto foi gravado de madrugada e segundo Carlos (bateria) com a maior pouca vontade do técnico de som e com os escassos recursos da época.

sábado, 20 de outubro de 2007

Los Saicos - Wild Teen Punk From Peru 1965



LOS SAICOS são autênticos punks garageiros sessentistas de Lima no Peru, no início o nome da banda era Los Sadicos, mas pela censura da época optaram por essa versão estilizada do inglês, fazendo uma alusão ao filme PSYCHO de Hitckoock.
Provavelmente a banda mais selvagem e agressiva musicalmente da América Latina nos anos 1960, vide os instrumentais crus e os vocais berrantes. Suas músicas não só abordavam os relacionamnetos e o cotidiano adolescente, como era comum na época, mas cantavam também sobre temas mais sombrios e chocantes como enterro de gatos, cemitérios e destruição.

A banda durou de 1964 à 1967 e é com certeza a primeira manifestação de música punk na América Latina, não deixando nada a dever ao garage punk gringo da época e o de coletâneas como Back From The Grave, que resgatam bandas perdidas e seus compactos furiosos dos anos 60.Só lançaram compactos nos anos 60, mas tiveram eles reunidos em Lp recentemente pelo selo espanhol Eletro-Harmonix.A banda é cultuada em seu país pelo pioneirismo na selvageria e teve uma versão de sua música DEMOLICIÓN cantada pela banda punk Leuzemia.

Acima falei que Los Saicos podem ser considerados os primeiros a fazerem um rock mais agressivo na América Latina, nos anos 60 esse tipo de rock era chamado de garage rock e sua versão mais radical depois levaria o nome de garage punk. Então podemos considerar os Saicos tanto a primeira banda de garage rock da América Latina como também a primeira banda garage punk latinoamericana. Uma breve pesquisa nos revela algo mais, os pioneiros do garage rock a nível mundial são geralmente considerados os Sonics de Seattle nos E.U.A, cujo o primeiro registro é o compacto "The Witch / Keep A-Knockin" datado de 1964, mesmo ano do primeiro compacto dos Saicos "Come On / Ana". Baseando-se em seus registros podemos por os peruanos do Saicos no mesmo patamar de pioneirismo a nível mundial do garage rock dos americanos dos Sonics.

sexta-feira, 22 de junho de 2007

Os Jovens - Os Jovens (CBS, 1967)


Duo vocal formado por Francisco Fraga e João José, que fez relativo sucesso na Jovem Guarda, gravando acompanhados pelo grupo Renato e Seus Blue Caps, principalmente. Gravaram um Lp (1967) e diversos compactos, entre Coração de Pedra, Se Você Me Abandonar e Eu Não Sei. Destaque para Coração de Pedra (bem punk!) e Você Fala Demais, dois 60s hits do cão!